Asobi Seksu veio do lugar mais legal atualmente para a música, Brooklyn, NYC, e faz um som bastante único; misturam toda distorção e reverb típicos do shoegaze com a leveza e ingenuidade do j-pop. Citrus (2006), seu segundo álbum, leva exatamente isso (que já tinha sido feito com o debut Asobi Seksu de dois anos antes) ao extremo. A vocalista/tecladista Yuki Chukidate canta o tempo todo alternando entre vocais bastante suaves, às vezes quase inaudíveis, e gigantescos sussurros, embaixo das camadas e mais camadas de guitarras distorcidas de James Hanna (os dois membros regulares da banda).
É possível ver bem nitidamente que entre as suas influências primordiais estão bandas da era mais clássica do shoegaze: Ride, Moose, Slowdive e, é claro, My Bloody Valentine. Yuki divide bem o tempo entre cantar em inglês e japonês, tornando Asobi Seksu ainda mais ‘exótico’. No conjunto todo da obra, Citrus cria, possivelmente, as ‘walls of sound’ mais sufocantes desde o Loveless do My Bloody Valentine (1991) - e é um dos melhores álbuns shoegaze que você vai ouvir na vida.
Asobi Seksu é um dos melhores exemplos do so-called ‘newgaze’, artistas dos anos 2000 que trouxeram de volta o shoegaze, que atingiu seu auge no fim dos anos 80/começo dos anos 90 e desde então foi gradativamente perdendo o lugar para o grunge e o britpop.
Sobre o nome da banda, ‘Asobi’ (pronúncia: ‘assobi’) significa ‘divertido’ em japonês e acho que ‘Seksu’ já é bastante auto-explicativo.
Faixas que mercem destaque: “Thursday”, “Red Sea”, “Lions and Tigers”, “Nefi + Girly”, “Strawberries”, “Goodbye”.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
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