Aproveitando o arco de ‘mudanças radicais no som de uma banda’,
It's Blitz! é um ótimo exemplo. Yeah Yeah Yeahs é um trio de NYC formado por Karen O, Nick Zinner e Brian Chase que faz (ou fazia) um ‘art punk’ de primeira, se é que tal termo existe.
It's Blitz! é seu terceiro álbum, foi lançado no começo de 2009 e é recheado de teclados, sintetizadores e influências eletrônicas - e é tão ‘clássico instantâneo’ quanto seu debut,
Fever to Tell, que é um punk rock explosivo, simples e agressivo, quase sádico, lançado seis anos antes.
It's Blitz! pode soar esquisito a primeira vez que se ouve - Yeah Yeah Yeahs sem os gritos e gemidos de Karen O? -, mas as músicas têm uma qualidade tão elevada que é fácil de se acostumar com isso e simplesmente aproveitar o álbum. Em “Zero”, a primeira faixa e uma das melhores da carreira da banda, todas as mudanças já são bastante nítidas. Há certas oscilações ao longo das dez músicas, mas em geral o padrão altíssimo estabelecido por “Zero” é mantido com maestria e chega a seu auge na quinta faixa, “Dull Life”.
It's Blitz! equilibra músicas que poderiam ter saído do
Fever to Tell, como “Dull Life”, com outras bem mais calmas, como “Runaway” (que é um pouquinho longa demais, mas não deixa de ser um dos pontos altos do álbum), com uma naturalidade impressionante.
Pode não ser o melhor trabalho da banda -
esse título ainda fica com seu segundo trabalho, Show Your Bones -, mas
It's Blitz! é com certeza o álbum mais completo, balanceado e coeso lançado por eles até hoje. Ainda assim, é meio difícil não sentir uma certa saudadezinha de “Tick”, “Phenomena”, “Honeybear”, “Déjà Vu”, ou “Y Control”.

Faixas: “Dull Life”, “Zero”, “Hysteric”, “Heads Will Roll”, “Shame and Fortune”, “Runaway”.
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